O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu aos 81 anos, na manhã desta terça-feira (15) após complicações de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês.
Jabor teve uma vida dedicada ao cinema, literatura e ao jornalismo. Foi cineasta, cronista, roteirista, diretor de TV, jornalista, crítico, dramaturgo e escritor. No cinema dirigiu sete longas-metragens, dois curtas e dois documentários.
O jornalista participou da segunda fase do movimento Cinema Novo, entre 1960 e 1970, conhecido por retratar questões políticas e sociais brasileiras, inspirado nos movimentos neorrealismo da Itália e na nouvelle vague da França.
Ele também foi técnico de som, assistente de direção e critico de cinema. No ano de 1967, produziu seu primeiro longa-metragem, o documentário ‘Opinião Pública’, que retrata o brasileiro observando a sua própria realidade.
Em 1970, ele produziu e roteirizou ‘Pindorama’, seu primeiro longa de ficção. O estilo desta obra foi marcado pelo excesso de radicalismo contra o tradicional cinema clássico. Em 1971, foi indicado à Palma de Ouro, considerada a principal premiação do festival de Cannes, na França.
Arnaldo Jabor emplacou um dos grandes sucessos do cinema brasileiro, com o filme ‘Toda Nudez Será Castigada’, adaptado da peça teatral de Nelson Rodrigues, o filme é marcado por críticas à hipocrisia da moral e dos costumes burgueses. Por conta disso, ele ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, na Alemanha.
Fonte: SBT News
