A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), entregou nesta terça-feira (24) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à procuradora-geral da República, Elizeta Ramos, cópias do relatório final da CPMI. O documento foi aprovado pelo colegiado na última 4ª feira (18.out) e recomenda o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 60 alvos.
A entrega a Moraes ocorreu na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, e foi acompanhada pelos senadores Randolfe Rodrigues — líder do governo no Congresso –, Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), e os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rogério Carvalho (PT-MG) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ). E em entrevista a jornalistas após o encontro, Eliziane ressaltou que o ministro “preside vários inquéritos que estão no mesmo alinhamento do que foi o foco central da CPMI”.
“Foi uma reunião muito importante. O ministro Alexandre de Moraes, na verdade, se comprometeu a, ao receber de fato toda essa documentação, esse acervo probatório, fazer a juntada a inquéritos que estão em curso hoje pelo STF e os quais ele preside. Fez questão inclusive de destacar, entre as dezenas de inquéritos hoje que ele preside, o das milícias digitais, das fak news, dos executores e financiadores, que são dois outros inquéritos, e também do núcleo político”.
Ela prosseguiu: “Que aliás, no nosso plano de trabalho, também bate essas três linhas de atuação. Que é a linha de financiadores, das autorias intelectuais e também dos executores, que nós então trabalhamos de uma forma muito intensa no nosso relatório final”.
Segundo Eliziane, o recebimento do documento por parte do ministro trouxe a ela a certeza de que o conjunto de dados, de informações catalogadas pela CPMI ao longo dos últimos cinco meses foram dados robustos e consistentes e que darão uma relativa contribuição a uma investigação em curso hoje por parte do STF”. Ainda de acordo com a senadora, além 1.331 páginas de relatório entregues hoje, ela possui “um conjunto de informações digitalizadas que chega aí a uma capacidade de 7 terabytes, que é a carga de informações a partir dos relatórios, dos depoimentos e de todo o conjunto de informações resultado das quebras de sigilos fiscais, telefônicos, telemáticos e de depoimentos colhidos durante os cinco meses de CPMI.
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